segunda-feira, 30 de março de 2009

A Minha Heroina.


Já aqui não escrevo aqui há algum tempo e nada me ocorria senão a razão pela qual comecei a escrever, ou pelo menos tentar.
Ela é a minha mãe, a minha heroina, a minha inspiração. Teve uma vida muito sofrida e é das pessoas mais fortes que conheço!
Era ela que ficava noites comigo a dar-me força enquanto eu escrevia as minhas composições e histórias para a escola.
É a minha leitora mais ávida e quem sempre me disse para nunca deixar de escrever, para nunca desistir.
Ela é, para mim, a maior poeta de todos os tempos.

Este poema foi escrito em memória do padrinho dela, e meu tio Jaime.


"PARTISTE SEM AVISAR!

Foi um dia 26 de Fevereiro,
Foi um 5ª feira com um sol radioso,
Mas uma noite negra!
Havia estrelas no céu, mas não brilhavam!
Houve silêncio e incerteza!
Houve esperança!
Os cães uivaram lá fora e eu adivinhei dor!
Tremi por dentro e senti que alguma coisa se perdia.
Quis que o tempo parasse e a notícia não chegasse.
E finalmente a decepção!
O fim de um destino!
Houve lágrimas e dor,
Angústia e desespero,
E eu senti que era mais forte do que pensei ser.
Quis chorar e não consegui.
Quis estar a sonhar e acordar,
mas nem cheguei a adormecer!
Foi uma noite triste,
De olhares parados, de choros desmedidos.
Foi a vontade de fugir da realidade,
Foi o sonho que se desfez.
Disse-te tanta coisa que não ouviste
E chorei quando te vi!
Não sorriste, nem faláste,
Quis ver vida em ti e já não havia.
E o teu rosto mostrou-me que a morte vencera!
A tua voz já não a oiço.
O teu sorriso já não o vejo,
E o teu rosto ficará para sempre gravado na minha memória.
Partiste sem avisar,
E eu queria ter-te dito adeus.
Desejo que nessa tua nova vida sejas feliz."
- Júlia Castilho

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